A identificação de indivíduos portadores de inflamação aguda ou crônica e concomitante deficiência de ferro é um desafio na medicina clínica.
Durante a resposta do corpo à infecção, inflamação ou malignidade, a disponibilidade de ferro é limitada a fim de privar os patógenos desse nutriente, uma ação que envolve a hepcidina.
O fato da ferritina ser uma proteína de fase aguda, que se eleva na resposta de fase aguda à infecção ou inflamação, bem como na doença hepática, sem representar um
aumento nos estoques de ferro, é uma fator complicador.
Recente revisão comparou a ferritina sérica com a concentração de ferro na medula óssea, tanto em indivíduos saudaveis quanto em portadores de inflamação crônica, quando ficou demonstrada uma concentração média de ferritina de 82,43 μg/L naqueles portadores de deficiência de ferro e concomitante doença inflamatória.
Nos deficientes de ferro sem inflamação a concentração média foi de 15,1 μg/L.