Recente estudo (2021) encontrou associação entre qualquer doença
autoimune materna (DM1, febre reumática ou psoríase) e TDAH entre crianças.
Há um corpo maior de literatura sobre a associação de disfunção geral da tireoide durante a gravidez e TDAH.
Tem sido também encontrada uma relação entre doença autoimune e saúde mental
particularmente depressão e psicose e entre doença autoimune materna e distúrbios do neurodesenvolvimento infantil, incluindo transtorno do espectro autista, TOC ou síndrome de Tourette.
A hipótese que relaciona função imune materna adversa durante a gravidez com o
neurodesenvolvimento fetal é reconhecida e a agressão ocorreria por meio da ação direta de citocinas e autoanticorpos, modulação epigenética ou ativação da micróglia.
A associação observada também pode ser um produto da vulnerabilidade genética compartilhada entre doenças autoimunes e TDAH que é fortemente hereditário.
Temos aqui afirmado que o pré-natal deve ser ampliado tanto para se avaliar diagnósticos funcionais, como os vários tipos de estresse (inflamatório, metabólicos entre outros) incluindo a presença do leak gut, quanto também, orientar no sentido de se evitar a concepção num período de excessiva atividade da doença autoimune materna.