Comentei anteriormente sobre a técnica multidisciplinar utilizada para avaliar a saúde ou tratar as doenças, uma forma ao me ver inadequada por não compreender o todo, embora observe todas as partes.
A meu ver o paciente deve ter o seu médico e não vários médicos especialistas, pois faltará, principalmente nas doenças crônicas, o poder de síntese, o fator
primário desencadeador das doenças.
Cito agora como exemplo dessa visão o que pode ocorrer nos transtornos psiquiátricos.
Nos últimos anos têm sido enfatizada a presença da resistência insulina em muitos
pacientes com esse tipo de distúrbio, um fato que era explicado como efeito colateral de muitos antidepressivos ou antipsicóticos.
Todavia, a resistência à insulina parece fazer parte do processo que favorece a neuroinflamação, o estresse oxidativo e o desequilíbrio entre os neurotransmissores.
O tipo de abordagem da Medicina Baseada em Evidências não leva em conta esses fatos, apesar de que inúmeros trabalhos recentes vêm demonstrando que, por exemplo, a dieta cetogênica, talvez a melhor arma contra a resistência à insulina, melhora vários distúrbios psiquiátricos e neurológicos.